Depois de concluídas as fases de fluxo logístico direto grande parte dos bens de pós-consumo retornarão ao ciclo de produção de matéria-prima, partes, peças, componentes e acessórios por meio dos canais reversos de pós consumo, seja por meio do reuso, seja por meio da reciclagem após a revalorização de suas partes, materiais, peças constituintes, originando produtos semelhantes ou similares bem como outro produto. Leite (2003) classifica as categorias de ciclo reversos de retorno ao ciclo produtivo em:
Canais de distribuição reversos de ciclo aberto: são CDRs formados pelas diversas etapas de retorno de materiais constituintes dos produtos de pós consumo: metais, plásticos, vidros, papéis, etc., materiais extraídos de diferentes produtos de pós-consumo, visando a reintegração ao ciclo produtivo e substituindo matérias-primas novas na fabricação de diferentes tipos de produtos. As empresas devem estar preparadas, portanto, para acompanhar sua produção ‘do berço ao túmulo’, sem desprezar nenhuma fase. Por outro lado, os consumidores cada vez mais exigentes, quanto à qualidade dos produtos e o menor impacto desses sobre o meio ambiente, passam a ser foco de estudo nas organizações, que utilizam um novo tipo de marketing para conquistá-los, modernamente denominado de “marketing social”, que objetiva encantá-los privilegiando processos e produtos “limpos”. A Política Nacional dos Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010b) reforçou a necessidade da preocupação ambiental, social e econômica dos resíduos sólidos, incentivando a adequação do tratamento e disposição, bem como intensificando a importância da coleta pelas cooperativas de catadores.
Entre as novidades está a inserção da logística reversa como um dos instrumentos dessa política (artigo 3º) e a obrigatoriedade de gerenciamento dos resíduos gerados pós- consumo (artigos 32º e 33º), tanto para fabricantes, distribuidores e vendedores, de modo a oferecer um destino ambientalmente sustentável. Essa medida é válida para materiais agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleo, lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos. Segundo NOGUEIRA (2008) logística reversa pode ser entendida como: Quando falamos em logística imaginamos um fluxo de produtos, desde o momento em que é gerada a necessidade de atendimento de um produto até sua chegada ao cliente que estará aguardando sua chegada. Mas é importante ressaltar que existe um fluxo reverso, do ponto de consumo até o ponto onde este produto teve seu início de produção. Este fluxo reverso precisa ser gerenciado para obtenção de ganhos expressivos nos negócios. Segundo NOGUEIRA (2008), como pontos importantes nesta rede de recuperação dos produtos, ressalta-se os de suma importância: Coleta, Inspeção, Reprocessamento, Disposição, Redistribuição.
O objetivo
deste estudo é oferecer um conhecimento básico sobre os procedimentos de
determinação de carga a granel, que é embarcada ou desembarcada dos navios
mercantes, através de um conjunto de procedimentos denominados ARQUEAÇÃO
DE NAVIOS (Draft Survey).
Definições
Arqueação
Cálculos hidrostáticos para
determinação da quantidade de carga embarcada ou desembarcada de um navio.É
também, a medida da capacidade dos espaços internos do navio.
Arquear é
determinar o volume de água deslocado por um navio, através da leitura de
calados, fórmulas e tabelas do mesmo. O cálculo desse volume se faz baseando-se
no princípio de Arquimedes: “Todo corpo, parcialmente ou totalmente submerso
em um líquido, sofre um empuxo vertical de baixo para cima, igual ao peso do
volume deslocado por aquele corpo”.
Sendo assim, para executar a arqueação, é indispensável o conhecimento do navio, seu comportamento, sua geometria, estrutura etc. para podermos, por meio de medições, checagens e consulta às tabelas de lastro e hidrostática, determinar o peso da carga embarcada ou desembarcada.
draft survey
Tipos de arqueação
O processo consiste em determinar, para uma
determinada flutuação, o peso da carga embarcada, ou no momento da sua
determinação.
O processo de arqueação é único, contudo, dependendo do momento em que o navio é arqueado, podemos identificar três tipos diferentes de arqueações:
Observa-se que os dados da movimentação da tonelagem de cargas nos portos pode ser um excelente ferramenta de governo para definir e medir o nível de investimento a ser canalizado para cada um dos portos, independentemente do tipo de produto ou carga nele movimentada
Os portos são considerados pontos estratégicos para o desenvolvimento de uma nação, pois é através dele que se interliga a troca de mercadorias entre os diversos países. No Brasil, os portos são responsáveis por, aproximadamente, 95% do comercio exterior. Nesse sentido, o presente trabalho objetiva fazer um levantamento comparativo do crescimento da movimentação de cargas dos principais portos brasileiros a partir das tonelagens de cargas movimentadas nos anos de 2017 e 2018. Para tanto, serão levantadas a tonelagem de carga movimentada nos em 17 portos brasileiros, quais sejam: Santos, Itajaí, Paranaguá- Antonina, Rio Grande, São Francisco do Sul, Manaus, Recife, Salvador, Rio de Janeiro – Niterói, Pecém – Fortaleza, Itaguaí, Vitória, Vila do Conde – Belém, Imbituba, Porto Alegre, Natal e Porto Velho.
2- O SISTEMA PORTUÁRIO BRASILEIRO
Os portos ocupam elevada importância para a economia de um país, pois representam a principal porta de entrada e saída para o comércio exterior. Representam o elo da cadeia de transporte e têm a função de promover a integração entre países e, com isso, possibilitar a movimentação da economia global. O transporte hidroviário pode ser dividido em três formas de navegação: cabotagem (que é a navegação realizada entre portos ou pontos do território brasileiro, utilizando a via marítima ou entre esta e as vias navegáveis interiores); navegação interior (que é a realizada em hidrovias interiores, em percurso nacional ou internacional); e navegação de longo curso (que é a realizada entre portos brasileiros e estrangeiros). O transporte marítimo brasileiro, apesar de não ser o principal modal da matriz de transportes do país (que é predominantemente rodoviária), apresenta diversas características importantes que apontam para a intensificação do seu uso, quais sejam: baixo custo, menores riscos em se comparando com o transporte rodoviário, pontualidade nas entregas, boa estrutura de armazenagem e controle das informações por meio de rastreamento, a extensão da costa brasileira, entre outros. Tais vantagens justificam um maior investimento e participação desse modal na matriz. Ainda assim, apesar dos portos trazerem inúmeros benefícios para o desenvolvimento de uma nação, a participação do transporte hidroviário na matriz de transportes brasileira é de apenas 13%, de acordo com o Plano Nacional de Logística de Transportes (PNLT) de 2010. Os portos não têm sido foco de atenção por parte do poder público quanto a sua capacidade de processamento; os investimentos em ampliação da estrutura portuária não têm acompanhado a crescente demanda, o que tem motivado muitos conflitos no fluxo logístico. Com a evolução dos navios, que, cada vez mais, possuem maior capacidade para o transporte de cargas, surge a necessidade da construção, melhoramento e manutenção de pátios dos portos, píeres, dragagens, de forma a aumentarem a sua eficiência.
3- INSTRUMENTOS NORMATIVOS REFERENTES À TONELAGEM DE NAVIOS
O TPC é a quantidade em peso que deve ser colocada ou retirada de bordo para que o calado médio do navio varie em 1 centímetro. É encontrado no Plano de Curvas Hidrostáticas ou tabela de valores hidrostáticos.
O TPC é a quantidade em peso que deve ser colocada ou retirada de bordo para que o calado médio do navio varie em 1 centímetro. É encontrado no Plano de Curvas Hidrostáticas ou tabela de valores hidrostáticos. É comum citar o aumento do deslocamento em termos de toneladas extra por unidade de imersão. Como no MCT, é necessário conhecer a unidade de imersão utilizada. Pode ser de 1 m ou 1 cm. Este último deve ser preferido se a área da embarcação muda consideravelmente acima de 1 m. Geralmente, é abreviado para TPC. O aumento no deslocamento por aumento da unidade no calado é útil nos cálculos em que pesos são adicionados a um navio, desde que a alteração no calado seja pequena. Caso não queira alterar o calado a ré, então, posicione para carregar o peso para não alterá-lo. Quando um peso é embarcado, geralmente ocorre um afundamento corporal da embarcação e também uma mudança de compensação. O afundamento corporal tenta aumentar o calado à popa, enquanto se o peso for carregado à avante do centro de flutuação, a mudança de compensação tenta diminuir o calado a ré.
Este trabalho busca contribuir para a elucidação de algumas dúvidas relacionadas a operação Draft Survey e de que forma esta matéria colabora para a execução de um laudo de perícia aduaneira
O
presente trabalho busca descrever de forma sucinta, o que vem a ser a operação
de Draft Survey, também conhecida como arqueação da carga, e qual o
passo a passo para a elaboração de um laudo técnico de perícia aduaneira. Para
isso, serão utilizadas referências bibliográficas de autores que contribuíram
de forma significativa nesta área de pesquisa.
Primeiramente
é necessário esclarecer o conceito de laudo técnico e em quais situações este
documento é necessário. Para Pereira (2011), o laudo técnico é um documento que
contém o relato de um perito ou técnico, o qual é designado especialmente para
avaliar uma determinada situação, algum aparelho com defeito, ou ainda, um
local que apresente periculosidade ou irregularidade. Cada área ou profissão
tem seu próprio modelo de formulário e regras próprias para elaboração desse
tipo de documento, na esfera aduaneira, não há um modelo padrão. Cada perito
tem maneira peculiar de elaborar o laudo.
Conforme
especificado no art. 569 c/c art. 596 e art. 813 do Regulamento Aduaneiro, o
serviço de perícia e a emissão de laudos periciais serão realizados por
laboratórios da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), por órgãos ou
entidades da administração pública previamente credenciados ou por entidades
privadas ou peritos, especializados, previamente credenciados.
arqueação de navios
Segundo
o art.32 da Instrução Normativa RBF nº 1.800/2018, a qual dispõe sobre a
prestação de serviço de perícia para identificação e quantificação de
mercadoria importada e a exportar e regula o processo de credenciamento de
órgãos, entidades e peritos. Os laudos periciais destinados a identificar e a
quantificar mercadoria importada deverão conter, expressamente e conforme o
caso, os seguintes itens:
a explicitação
e a fundamentação técnica das verificações, testes, ensaios ou análises
laboratoriais empregados na identificação da mercadoria;
a
exposição dos métodos e dos cálculos utilizados para fundamentar as conclusões
do laudo referente à quantificação de mercadoria a granel; e
a
indicação das fontes, referências bibliográficas e normas nacionais e
internacionais empregadas na elaboração do laudo, e cópia daquelas que tenham
relação direta com a mercadoria objeto de verificação, teste, ensaio ou análise
laboratorial.
Sabendo-se
que a mensuração da mercadoria a granel transportada por veículos aquáticos é o
principal objetivo de um laudo aduaneiro, é importante entender quais os
procedimentos necessários para a realização desta quantificação. De acordo com
o art. 21 da Instrução Normativa RBF nº 1.800/2018, a mensuração será efetuada
por meio do cálculo da variação do deslocamento (diferença dos deslocamentos em
função da variação dos calados ou draft survey); pela medição do espaço vazio do tanque; pela medição
do espaço cheio do tanque; e, por meio da utilização de equipamentos
automatizados de medição.
Neste
contexto, introduz-se o conceito de operação de Draft Survey, ou,
arqueação de carga, a qual Segundo Oliveira (2016), é uma operação relativamente
simples, porém, que envolve diversos cálculos. A mesma se baseia na medição da
quantidade de carga a ser embarcada, ou seja, no porte líquido, a partir da
conferência de calados, efetuando as correções necessárias, para não se obter
erros quando converter o calado final em deslocamento. Para entender tal
assunto é necessário primeiramente conhecer algumas definições importantes, as
quais serão apresentadas no capítulo a seguir.
O agente marítimo é o elo de comunicação em uma embarcação, enquanto o despachante aduaneiro é o profissional especializado no desembaraço de mercadorias que transitam por alfândegas (aduana)
Para facilitar o mercado cada vez mais competitivo no mundo, deve-se o Brasil investir em infra-instrutora em Portos mais equipados e tecnológicos, menores burocracias e pessoal qualificado nas agências para angariar maior clientela com o menor erro possível no ramo.
Para isso o Agente do fretador deve-se estar bem ciente de suas responsabilidades quanto a sua parte. O agente marítimo não pode ser confundido com o Despachante Aduaneiro, este último, representa os exportadores e importadores, no desembaraço aduaneiro atuando frente a diversos órgãos logísticos, comerciais e governamentais tais como: transportadores, armazéns alfandegados, RFB, ANVISA, autoridades portuárias, INFRAERO, IBAMA e perante muitos outros. Auxiliando na elaboração da DI(Declaração de Importação) e seu registro no SISCOMEX, justificando qual o regime tributário mais adequado para a operação e o tipo de transporte mais viável para determinada carga. O Armador (dono do navio) é responsável em promover todo o funcionamento do navio em perfeito estado e de acordo com as legislações para ser posto a fretamento, como água potável, combustível, manutenção, tripulação e Certificações. O agente Marítimo é o seu mandatário, ou seja, seu representante legal nos portos diante das autoridades portuárias, realizando a comunicação entre a embarcação e os demais inclusive com o despachante aduaneiro.
Quando uma empresa necessita de um navio para realizar uma exportação ou importação para embarcar carga via porto, ela irá entrar em contato o agente marítimo, para saber tipo de navio mais adequado e com o menor custo disponível para determinada carga e porto. O agente deverá realizar o controle dos conteineres e cobrar a estadia (demurrage), deve ser registrado no SISOSERV o tipo de contrato e serviço prestado ao Armador. O armador deve emitir uma B/L 3 vias originais e outras não negociáveis formalizando a contratação entre o transporte internacional comprovando o recebimento da carga na origem, obrigando-se a entregá-la no destino, deve também conter o manifesto de carga que é um resumo de todas as cargas contidas na embarcação, container list referente aos dados dos containeres e suas numerações, controlar recebimento de frete . O B/L e o Manifesto de Carga devem ser enviados para a Receita Federal na importação para que possa permitir o início da descarga. Manter o Armador sempre atualizado com relatórios de todos os procedimentos referente a carga e ao navio.
Resumindo as funções de cada um, temos que o agente marítimo é o elo de comunicação em uma embarcação, enquanto o despachante aduaneiro é o profissional especializado no desembaraço de mercadorias que transitam por alfândegas (aduana). De maneira alguma poderá ser confundida as funções determinadas para cada função.
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A manutenção preditiva, tem sido reconhecida como uma técnica eficaz de gerenciamento de manutenção. Com ela os funcionários da área passam a conviver rotineiramente com técnicas e ferramentas, que possibilitam detectar previamente problemas que sem a mesma não seriam detectados.
Muller (1991) destaca que até os anos 60 era prática comum continuar utilizando os equipamentos até os mesmos apresentarem sérios problemas de desempenho ou até mesmo quebrarem, destaca ainda que tal abordagem conduziu a muitas falhas catastróficas, o que na maioria das vezes foi substituída por manutenções nos equipamentos críticos em datas planejadas. Tal método de manutenção preventiva que muitas vezes é utilizado nos processos industriais, tem efetivamente minimizado falhas graves. Contudo sua maior limitação é que uma manutenção fixa programada pode às vezes resultar em custosas inspeções freqüentes.
Conforme TAVARES (1987) Manutenção
Preventiva é aquela que se conduz aos intervalos pré-determinados com o
objetivo de reduzir a possibilidade de o equipamento situar-se em uma condição
abaixo do nível requerido de aceitação. Esta manutenção pode tomar por base
intervalos de tempo pré-determinados e/ou condições preestabelecidas de
funcionamento, podendo ainda requerer que, para sua execução o equipamento seja
retirado de operação.
SOTHARD (1996) ressalta que a
manutenção preventiva envolve cuidados rotineiros sobre equipamentos e inclui
lubrificação das máquinas e reposição de peças de desgaste intensivo.
Complementa que isoladamente a manutenção preventiva não propicia condições de
previsão mais aprofundada sobre falhas dos componentes ou sobre como evitar
conseqüências na produção. Ainda complementa que a manutenção preditiva revisa
a performance do passado para prever quando um componente específico irá
falhar. Exemplifica que a manutenção pode optar pela troca de um componente a
cada 380 horas de uso, trocando a peça prematuramente de forma a evitar parada.
A manutenção preditiva é a manutenção preventiva efetuada no momento exato,
detectado através de análises estatísticas e análises de sintomas.
Muitos classificam a manutenção
preditiva como uma manutenção corretiva planejada. TAVARES define a manutenção
preditiva da seguinte forma: “entende-se por controle preditivo de
manutenção, a determinação do ponto ótimo para executar a manutenção preventiva
num equipamento, ou seja, o ponto a partir do qual a probabilidade do
equipamento falhar assume valores indesejáveis. A determinação desse ponto traz
como resultado índices ideais de prevenção de falhas, tanto sob o aspecto
técnico como pelo aspecto econômico, uma vez que a intervenção no equipamento
não é feita durante o período que ainda está em condições de prestar o serviço,
nem no período em que suas características operativas estão comprometidas” (TAVARES;
1996).
Objetivo
A manutenção preditiva tem como
objetivos: predizer a ocorrência de uma falha ou degradação, determinar,
antecipadamente, a necessidade de correção em uma peça específica, eliminar as
desmontagens desnecessárias para inspeção, aumentar o tempo de disponibilidade dos
equipamentos para operação, reduzir o trabalho de emergência e urgência não
planejada, impedir a ocorrência de falhas e o aumento dos danos, aproveitar a
vida útil total de cada componente e de um equipamento, aumentar o grau de
confiança no desempenho de um equipamento e de seus componentes, determinar
previamente as interrupções de fabricação para cuidar dos equipamentos, redução
de custos de manutenção, aumento da produtividade e conseqüentemente da
competitividade.
Tipos de Análises
As técnicas de monitoramento
preditiva, ou seja, baseadas em condições, incluem:
Termografia
Análise de vibrações
Análise de lubrificantes
Propriedades físico-químicas
Cromatografia gasosa
Espectrometria
Ferrografia
Radiografia
Energia acústica (ultra-som)
Energia eletromagnética (partículas magnéticas, correntes parasíticas)
A manutenção preditiva por
ultra-som é um método não destrutivo que detecta descontinuidades internas pelo
modo de propagação das ondas sonoras através de uma peça. É mais rápido e mais
fácil que os métodos convencionais, os quais utilizam pressão de ar ou água, e
que propicia completa precisão. Pode ser aplicado em uma infinidade de
elementos como containers, tubulações, trocadores de calor, gavetas, selos,
comportas, automóveis, aviões, etc. Este método é executado colocando-se um
gerador de som (Transmissor Ultra Sônico) patenteado no interior ou ao lado do
elemento a ser inspecionado.
Detecta descontinuidades internas em
materiais, baseando-se no fenômeno de reflexão de ondas acústicas quando
encontram obstáculos à sua propagação, dentro do material. Um pulso
ultra-sônico é gerado e transmitido através de um transdutor especial,
encostado ou acoplado ao material. Os pulsos ultra-sônicos refletidos por uma
descontinuidade, ou pela superfície oposta da peça, são captados pelo
transdutor, convertidos em sinais eletrônicos e mostrados na tela LCD ou em um
tubo de raios catódicos (TRC) do aparelho.
Os ultra-sons são ondas acústicas com
freqüências acima do limite audível. Normalmente, as freqüências ultra sônicas
situam-se na faixa de 0,5 a 25 Mhz.
Geralmente, as dimensões reais de
um defeito interno podem ser estimadas com uma razoável precisão, fornecendo
meios para que a peça ou componente em questão possa ser aceito, ou rejeitado,
baseando-se em critérios de aceitação da norma aplicável. Utiliza-se ultra-som
também para medir espessura e determinar corrosão com extrema facilidade e
precisão.
As aplicações deste ensaio são
inúmeras: soldas, laminados, forjados, fundidos, ferrosos e não ferrosos, ligas
metálicas, vidro, borracha, materiais compostos, tudo permite ser analisado por
ultra-som. Indústria de base (usinas siderúrgicas) e de transformação
(mecânicas pesadas), indústria automobilística, transporte marítimo,
ferroviário, rodoviário, aéreo e aeroespacial: todos utilizam ultra-som.
Modernamente o ultra-som é utilizado
na manutenção industrial, na detecção preventiva de vazamentos de líquidos ou
gases, falhas operacionais em sistemas elétricos (efeito corona), vibrações em
mancais e rolamentos.
O ensaio ultra sônico é, sem sombra
de dúvidas, o método não destrutivo mais utilizado e o que apresenta o maior
crescimento, para a detecção de descontinuidades internas nos materiais.
Líquido Penetrante
Técnica utilizada com freqüência após
a detecção de falhas por emissão acústica, pois através deste método torna-se
mais fácil de identificar as falhas existentes. Utiliiza-se um líquido de baixa
viscosidade na área onde apresenta descontinuidade, adicionando um pó revelador
que mostrará as trincas pelo acúmulo de pó na região, sendo possível visualizar
o tamanho da falha.
O ensaio por líquidos penetrantes
presta-se a detectar descontinuidades essencialmente superficiais e que sejam
abertas na superfície, tais como trincas, poros, dobras, etc..podendo ser
aplicado em todos os materiais sólidos e que não sejam porosos ou com
superfície muito grosseira.
É muito usado em materiais não
magnéticos como alumínio, magnésio, aços inoxidáveis austeníticos, ligas de
titânio, e zircônio, além dos materiais magnéticos. É também aplicado em
cerâmica vitrificada, vidro e plásticos.
Descontinuidades em materiais
fundidos tais como gota fria, trincas de tensão provocadas por processos de
têmpera ou revenimento, descontinuidades de fabricação tais como trincas,
costuras, dupla laminação, sobreposição de material ou ainda trincas provocadas
pela fadiga do material ou corrosão sob tensão, podem ser facilmente detectadas
pelo método de Líquido Penetrante.
Princípios básicos:
O método consiste em fazer penetrar
na abertura da descontinuidade um líquido. Após a remoção do excesso de líquido
da superfície, faz-se sair da descontinuidade o líquido retido através de um
revelador. A imagem da descontinuidade fica então desenhada sobre a superfície.
Podemos descrever o método em seis
etapas principais no ensaio , quais sejam:
a) Preparação da superfície – Limpeza
inicial
Antes de se iniciar o ensaio, a
superfície deve ser limpa e seca. Não devem existir água, óleo ou outro
contaminante. Contaminantes ou excesso de rugosidade, ferrugem, etc, tornam o
ensaio não confiável.
b) Aplicação do Penetrante
Consiste na aplicação de um líquido
chamado penetrante, geralmente de cor vermelha, de tal maneira que forme um
filme sobre a superfície e que, por ação do fenômeno chamado capilaridade,
penetre na descontinuidade. Deve ser respeitado um determinado tempo para que a
penetração se complete.
c) Remoção do excesso de penetrante.
Consiste na remoção do excesso do
penetrante da superfície, através de produtos adequados, condizentes com o tipo
de líquido penetrante aplicado, devendo a superfície ficar isenta de qualquer
resíduo na superfície.
d) Revelação
Consiste na aplicação de um filme
uniforme de revelador sobre a superfície. O revelador é usualmente um pó fino
(talco) branco. Pode ser aplicado seco ou em suspensão, em algum líquido. O
revelador age absorvendo o penetrante das descontinuidades e revelando-as. Deve
ser previsto um tempo determinado de revelação para sucesso do ensaio.
e) Avaliação e Inspeção
Após a aplicação do revelador, as
indicações começam a serem observadas, através da mancha causada pela absorção
do penetrante contido nas aberturas, e que serão objetos de avaliação.
A inspeção deve ser feita sob boas
condições de luminosidade, se o penetrante é do tipo visível (cor contrastante
com o revelador) ou sob luz negra, em área escurecida, caso o penetrante seja
fluorescente.
Nesta etapa deve ser preparado um
relatório escrito que mostre as condições do ensaio, tipo e identificação da
peça ensaiada, resultado da inspeção e condição de aprovação ou rejeição da
peça.
f) Limpeza pós ensaio
A última etapa, geralmente
obrigatória, é a limpeza de todos os resíduos de produtos, que podem prejudicar
uma etapa posterior de trabalho da peça (usinagem, soldagem dentre outras).
Vantagens e
limitações:
Vantagens:
Pode-se dizer que a principal
vantagem do método é a sua simplicidade. A interpretação dos resultados se dá
facilmente. O aprendizado é simples e requer pouco tempo de treinamento do
inspetor.
Como a indicação assemelha-se
a uma fotografia do defeito, é muito fácil de avaliar os resultados. Em
contrapartida o inspetor deve estar ciente dos cuidados básicos a serem tomados
(limpeza, tempo de penetração, etc), para que a avaliação seja correta.
Não há limitação para o tamanho e
forma das peças a ensaiar, nem tipo de material; por outro lado, as peças devem
ser susceptíveis à limpeza e sua superfície não pode ser muito rugosa e nem
porosa. Além disso, o método pode revelar descontinuidades (trincas)
extremamente finas (da ordem de 0,001 mm de abertura ).
Limitações:
Somente descontinuidades abertas para
a superfície são detectadas, já que o penetrante tem que entrar na
descontinuidade para ser posteriormente revelado. Por esta razão, a
descontinuidade não deve estar preenchida com material estranho.
A superfície do material não pode ser
porosa ou absorvente já que não haveria possibilidades de remover totalmente o
excesso de penetrante, causando mascaramento de resultados.
A aplicação do penetrante deve ser
feita numa determinada faixa de temperatura permitida ou recomendada pelo
fabricante dos produtos. Superfícies muito frias (abaixo de 5°C) ou muito
quentes (acima de 52 °C) não são recomendáveis ao ensaio.
Vibração
O acompanhamento e a análise de
vibração tornaram-se um dos mais antigos métodos de predição na indústria,
tendo a sua maior aplicação em equipamentos rotativos (bombas, turbinas,
redutores, ventiladores, compressores); já que estes apresentam ciclos mais bem
definidos e defeitos como desalinhamento e batimento, que são facilmente
detectados por este método. O estágio atual de desenvolvimento dos
instrumentos, sistemas de monitoração e programas especializados é permite que
sejam detectados diversos tipos de falhas: desbalanceamento, desalinhamento,
empenamento de eixos, excentricidade, desgaste em engrenagens e mancais, má
fixação da máquina ou de componentes internos, roçamentos, erosão, abrasão,
ressonância, folgas, desgastes em rolamentos e outros componentes rotativos,
fenômenos aerodinâmicos e/ ou hidráulicos e problemas elétricos (quebra de
barras de rotores, má fixação de bobinas, núcleos ou peças polares em motores,
geradores e transformadores). O método tem se provado útil na monitoração da
operação de máquinas rotativas (ventiladores, compressores, bombas e turbinas);
na detecção e reconhecimento da deterioração de rolamentos; no estudo de mal
funcionamentos típicos em maquinaria com regime cíclico de trabalho,
laminadores, prensas; e na análise de vibrações proveniente dos processos de
trinca, notadamente em turbinas e outras máquinas rotativas.
As técnicas de análise de vibrações
estão bem desenvolvidas e vão dos métodos mais simples (medição dos valores
médios das amplitudes de vibração) até os mais complexos (correlações e
espectros de correlações).
Exemplificando, na verificação do
grau de desbalanceamento de um eixo, geralmente é suficiente a medição da
amplitude e da fase de vibração na freqüência de rotação, verificados através
de um acelerômetro conectado radialmente em um dos mancais do eixo.
Em outros casos, quando se está
procurando anomalias localizadas tais como áreas com erosão ou trincas nas
pistas dos mancais, são necessárias técnicas especiais que isolam os sinais
provenientes das anomalias, do ruído de fundo.
O espectro de vibrações a ser
observado no ensaio dos componentes pode ser obtido com o auxílio de sensores
(acelerômetro, transdutores eletromagnéticos, etc.) e convertidos em sinais
elétricos, os quais são enviados para um osciloscópio, digitalizados ou
registrados na forma de gráfico.
Para alguns equipamentos de alta
responsabilidade são usados instrumentos mais sofisticados que chegam a
arquivar as especificações da máquina, os dados de referência com os resultados
do ensaio inicial e os pontos de medição, a freqüência, a amplitude e as
características de fase dos sinais de vibração registrados. Muitos equipamentos
acompanham cartas que mostram seu espectro de vibração, indicando o
posicionamento dos sensores em eventuais análises. Assim, é possível comparar o
estado atual da máquina com o desejado.
As operações de manutenção podem ser
estabelecidas compilando-se um “diário” para a máquina em questão e
comparando-o com o “gráfico de dinamismo”, acompanhando deste modo o
comportamento do sistema ao longo do tempo.
Mesmo as mais complexas técnicas de
medição localizada são afetadas por distúrbios causados por outras fontes de vibração
da máquina investigada; o que dificulta a interpretação dos sinais registrados.
O aumento na sensibilidade do ensaio pode resultar no aumento de alarmes
falsos, quando os sinais captados não correspondem a reais anomalias. Montagem
e desenvolvimento de complexos sistemas de diagnósticos tem custo elevados.
O progresso no campo dos microprocessadores tornou possível a digitalização de sinais, o que antes era processado de forma analógica. Os avanços da inteligência artificial, utilizando redes neurais, lógica fuzzy, e algoritmos genéticos, encontram aplicações na forma integrada e simultânea do uso de informações provenientes de diferentes sensores (vibrações, temperatura, pressão, carga); técnica conhecida por multi-sensoriamento. Desta forma a operação de uma máquina pode ser continuamente monitorada, corrigindo-a ou paralisando-a imediatamente, no caso de uma anomalia séria, antes de seu colapso.
Emissão acústica é um fenômeno que
ocorre quando uma descontinuidade é submetida a solicitação térmica ou
mecânica. Uma área portadora de defeitos é uma área de concentração de tensões
que, uma vez estimulada, origina uma redistribuição de tensões localizadas.
Este mecanismo ocorre com a liberação de ondas de tensões na forma de ondas
mecânicas transientes. A técnica consiste em captar esta perturbação no meio,
através de transdutores piezoelétricos instalados de forma estacionária sobre a
estrutura.
O método de captação e análise dos
sinais de emissão acústica é semelhante ao utilizado na vibração.
O objetivo é avaliar a condição de
integridade, localizando e classificando as áreas ativas quanto ao grau de
comprometimento que eventuais descontinuidades impõem à integridade estrutural.
Áreas ativas classificadas como severas deverão ser examinadas localmente por
técnicas de ensaios não destrutivos, como o ultra-som e partículas magnéticas,
para caracterização da morfologia e dimensionamento dos defeitos presentes. A maior contribuição da técnica é a de
analisar o comportamento dinâmico das descontinuidades, recurso este único
dentro do elenco dos ensaios não destrutivos. O método tem várias aplicações,
por exemplo:
Monitoramento do teste hidrostático inicial em
vasos de pressão;
Monitoramento contínuo para equipamentos,
componente ou maquinas em operação, fadiga em serviço ou em protótipos e vasos
de pressão;
Monitoramento do desgaste de ferramentas e
controle do processo de soldagem;
Caracterização de materiais compostos (fibras de
vidro, fibra de carbono, concreto, etc).
O ensaio por emissão acústica permite
a detecção, localização e a classificação da fonte ativa. A localização da
fonte é atingida medindo-se a diferença dos tempos de chegada das ondas
elásticas geradas pela fonte emissora, quando elas atingirem os vários sensores
instalados na estrutura. A posição da fonte emissora é geralmente estabelecida
pelo método da triangulação utilizando-se três ou mais sensores. A quantidade
de sensores requerida para a verificação de toda a estrutura é dependente da
espessura e geometria do componente ensaiado. A possibilidade de localização
das descontinuidades sem a necessidade de movimentação dos sensores permite o
ensaio global de estruturas mesmo em áreas de difícil acesso.
O ensaio não detecta descontinuidades
estáveis que não comprometem a integridade estrutural, assim como não
dimensiona o defeito e tão pouco indica sua morfologia. Daí a necessidade de
ensaios complementares de ultra-som e partículas magnéticas. A combinação do
ensaio global de emissão acústica e métodos complementares é a melhor
alternativa para avaliação de integridade
A utilização de uma técnica de
avaliação global como a Emissão Acústica, produz os seguintes benefícios
diretos:
Redução das áreas a inspecionar, com a
conseqüente redução do tempo de indisponibilidade do equipamento;
Detecção e localização de descontinuidades com
significância estrutural para as condições de carregamento durante o ensaio;
Ferramenta que permite uma avaliação de locais
com geometrias complexas, com dificuldades de utilização de END´s
convencionais;
Permite a realização dos ensaios em operação ou
durante resfriamento da unidade, anterior à parada.
Resultando na caracterização global
da estrutura, que permite ao responsável pela avaliação da integridade, uma
visão sobre o comportamento mecânico e a resposta do equipamento ao
carregamento imposto.
A integração de uma técnica global de
inspeção em serviço (emissão acústica), técnicas localizadas de dimensionamento
e caracterização (ultra-som e partículas magnéticas), e a análise da influência
da presença de descontinuidades na estrutura (mecânica da fratura) é a resposta
para os usuários e executantes dos ensaios não destrutivos envolvidos com a
avaliação de integridade estrutural em serviço, situação esta na qual o ensaio
de emissão acústica tem relevante contribuição.
Ferrografia
A ferrografia determina o grau de
severidade, modos e tipos de desgastes em equipamentos por meio de
identificação do acabamento superficial, coloração, natureza, e tamanho das
partículas em uma amostra de óleo ou graxas lubrificantes.
A ferrografia foi descoberta em 1971
por Vernon C. Westcott, um tribologista de Massachusetts, Estados Unidos, e
desenvolvida durante os anos subseqüentes com a colaboração do Roderic Bowen e
patrocínio do Centro de Engenharia Aeronaval Americano e outras entidades. Em
1982 a ferrografia foi liberada para uso civil e trazida para o Brasil em
1988,(Baroni T. D’A. & Gomes G. F.).
A ferrografia é uma técnica de
monitoramento e diagnose de condições de máquinas. A partir da quantificação e
análise da morfologia das partículas de desgaste (limalhas), encontradas em
amostras de lubrificantes, determinam-se: tipos de desgaste, severidade,
contaminantes, desempenho do lubrificante etc. Com estes dados torna-se
possível à tomada de decisão quanto ao tipo e urgência de intervenção de
manutenção necessária. A ferrografia é classificada como uma técnica de
manutenção preditiva, embora possua inúmeras outras aplicações, tais como
desenvolvimento de materiais e lubrificantes, (Baroni T. D’A. & Gomes G.
F.).
Há dois níveis de análise
ferrográfica. Uma quantitativa que consiste numa técnica de avaliação das
condições de desgaste dos componentes de uma máquina por meio da quantificação
das partículas em suspensão no lubrificante, e uma analítica que utiliza a
observação das partículas em suspensão no lubrificante.
Ferrografia
Quantitativa:
A ferrografia quantitativa consiste
na quantificação do tamanho e numero de partículas em suspensão no óleo
lubrificante. Através desta técnica pode-se obter informações sobre o grau de
severidade do desgaste presente na máquina em análise. A quantificação é feita
utilizando-se o contador de partículas, que permite quantificar as partículas
grandes e pequenas de modo rápido e objetivo.
Essa técnica, inicialmente usada no
controle de fluidos em satélites e naves espaciais, foi gradativamente estendida
a sistemas hipercríticos, hidrostáticos, hidráulicos, e outros. O controle é,
hoje, recurso indispensável ao departamento de manutenção para que se obtenha
melhor desempenho e maior vida útil dos componentes do sistema.
O acompanhamento da máquina, por meio
da ferrografia quantitativa, possibilita a construção de gráficos, e as
condições de maior severidade são definidas depois de efetuadas algumas
medições.
Ferrografia
Analítica:
A ferrografia analítica é feita por
meio do exame visual da morfologia, cor das partículas, verificação de
tamanhos, distribuição e concentração no ferrograma. Esta técnica é importante
na obtenção das causas do desgaste, ou seja, os mecanismos geradores de
desgaste. Cada tipo de desgaste pode ser identificado pelas diferentes formas
que as partículas adquirem ao serem geradas.
O desgaste mais comum é a
esfoliação.São particulas geralmente de 5 m, podendo atingir 15 m.Sua forma lembra flocos de aveia.A
esfoliação é gerada sem a necessidade de contato metálico, mas apenas pela
transmissão de força tangencial entre uma peça e outra por meio do filme
lubrificante. A quantidade e o tamanho destas partículas aumentará caso a
espessura do filme seja reduzida devido à sobrecarga, diminuição da viscosidade
do óleo, diminuição da velocidade da máquina (Baroni T. D’A. & Gomes G.
F.).
Outro desgaste bastante comum é a
abrasão. Gera partículas assemelhadas a cavacos de torno com dimensões de 2 a
centenas de microns. A principal causa para este tipo de desgaste é a
contaminação por areia. Os pequenos grãos de areia ingeridos pela máquina se
incrustam, por exemplo, num mancal de metal patente (liga de Estanho, Chumbo e
Antimônio) e o canto vivo exposto “usina” o eixo que está girando, tal qual um
torno mecânico, (Baroni T. D’A. & Gomes G. F.).
Termografia
A Termografia é uma das técnicas
preditivas que mais tem se desenvolvido nos últimos 30 anos. Permite o
acompanhamento de temperatura e a formação de imagens térmicas, é considerada
uma técnica de inspeção não destrutiva na qual é utilizada no diagnóstico
precoce de falhas e outros problemas em componentes elétricos, mecânicos e em
processos produtivos.
O monitoramento por temperatura é um
dos métodos de mais fácil compreensão já que com o acompanhamento de variações,
pode-se perceber uma possível falha do componente. São utilizadas em mancais,
barramentos, unidades hidráulicas.
Termografia é definida como a técnica
de sensoriamento remoto que possibilita a medição de temperaturas e a formação
de imagens térmicas (termogramas) de um componente, equipamento ou processo, a
partir da radiação infravermelha naturalmente emitida pelos corpos.
Inspeção Termográfica é a técnica de
inspeção não destrutiva realizada com a utilização de sistemas infravermelhos,
para a medição de temperaturas ou observação de padrões diferenciais de
distribuição de calor, com o objetivo de proporcionar informações relativas à
condição operacional de um componente, equipamento ou processo.
É importante ressaltar que a
termografia é realizada com os equipamentos e sistemas em pleno funcionamento,
de preferência nos períodos de maior demanda, quando os pontos deficientes
tornam-se mais evidentes, possibilitando a formação do perfil térmico dos
equipamentos e componentes nas condições normais de funcionamento no momento da
inspeção.
A Termografia é uma das técnicas de
inspeção chamada de: Técnicas de Manutenção Preditiva definida por alguns como
uma atividade de monitoramento capaz de fornecer dados suficientes para uma
análise de tendências. As técnicas termográficas geralmente consistem na
aplicação de tensões térmicas no objeto, medição da distribuição da temperatura
da superfície e apresentação da mesma, de tal forma que as anomalias que
representam as descontinuidades possam ser reconhecidas.
Duas situações distintas podem ser
definidas:
Tensões térmicas causadas diretamente
pelo próprio objeto durante a sua operação: equipamento elétrico, instalações
com fluído quente ou frio, isolamento entre zonas de diferentes temperaturas,
efeito termoelástico, etc.
Tensões térmicas aplicadas durante o
ensaio através de técnicas especiais (geralmente aquecimento por radiação ou
condução) e certas metodologias a serem estabelecidas caso a caso, para que se
possa obter boa detecção das descontinuidades.
Em ambas situações é necessário haver
um conhecimento prévio da distribuição da temperatura superficial (ou pelo
menos que possa ser assumida com uma certa segurança), como um referencial
comparativo com a distribuição real obtida durante o ensaio. O caso mais
simples ocorrerá quando a distribuição da temperatura for uniforme e as
descontinuidades se manifestarem como áreas quentes (por exemplo: componentes
com maior resistência elétrica em uma instalação), ou áreas frias (fluxo
interno de ar nos materiais).
Termografia passiva
e ativa:
A termografia poderia ser descrita
como uma técnica de inspeção não destrutiva e não intrusiva, onde a
distribuição de temperaturas de uma dada superfície é apresentada sob a forma
de uma imagem térmica, através de uma câmera capaz de detectar radiações eletromagnéticas
na faixa do infra-vermelho. O ensaio termográfico, comumente, tem sido
utilizado para observação remota do perfil de temperaturas das superfícies dos
corpos sob exame, sem que haja inserção deliberada de calor nos mesmos, sendo o
contraste visual da imagem gerado pelo gradiente térmico espontaneamente
existente. Esta metodologia pode ser caracterizada como termografia passiva.
Na termografia ativa, o objeto é
exposto a uma excitação térmica transiente, através de um pulso de aquecimento
sobre a superfície a ser inspecionada, seguido da aquisição de dados
(imagens/termogramas) do estágio de aquecimento e/ou resfriamento (observação
da distribuição de temperatura) ao longo do tempo. A baixa difusidade térmica
dos compósitos de matriz polimérica foi um dos motivos que permitiu o emprego
de câmeras termográficas convencionais no trabalho com termografia ativa; para
metais, seria necessário o emprego de equipamentos de alta freqüência de
aquisição de imagens (>200Hz) para a maior parte das aplicações.
Várias metodologias de estimulação
térmica podem ser empregadas, cada qual com suas características e limitações
próprias. Importante destacar que nem todos os defeitos detectáveis pela
técnica ativa serão observados em tempo real, isto é, durante a aquisição dos
termogramas. Há limites dimensionais de defeitos (tamanho e profundidade
relativa) a partir dos quais torna-se necessário o emprego de algoritmos de
tratamento de imagens para que os defeitos sejam percebidos nos termogramas.
Estes limites dependem do material e podem ser determinados analiticamente.
Sabe-se que temperatura medida em cada ponto da imagem termográfica é uma
função das propriedades térmicas do material e a sua variação no tempo. Este
princípio tem sido utilizado para desenvolver os algoritmos capazes de avaliar
a profundidade dos defeitos detectados, de modo que as diferenças existentes
sejam apresentadas em termos de contraste na imagem.
Radiações Ionizantes
São ondas eletromagnéticas ou
partículas que se propagam com alta velocidade e portando energia. As radiações
eletromagnéticas mais conhecidas são: luz, microndas, ondas de rádio AM e FM,
radar, laser, raios X e radiação gama. As radiações eletromagnéticas do tipo X
e gama, são as mais penetrantes e, dependendo de sua energia, podem atravessar
vários centímetros do tecido humano até metros de blindagem de concreto. Por
isso são muito utilizadas para a obtenção de radiografias e para controlar
níveis de material contidos em silos de paredes espessas.
Os raios X utilizados nas aplicações
técnicas são produzidos por dispositivos denominados de tubos de raios X,
consistem basicamente de um filamento que produz elétrons por emissão
termoiônica (catodo), que são acelerados fortemente por uma diferença de
potencial elétrica (kilovoltagem) até um alvo metálico (anodo), onde colidem. A
maioria dos elétrons acelerados são absorvidos ou espalhados, produzindo
aquecimento no alvo. Cerca de 5% dos elétrons sofrem reduções bruscas de
velocidade, e a energia dissipada se converte em ondas eletromagnéticas,
denominadas de raios X.
Radiação gama é emitida pelo núcleo
atômico com excesso de energia (no estado excitado) após transição de próton ou
nêutron para nível de energia com valor menor, gerando uma estrutura mais
estável.
Essas radiações possuem várias
aplicações, entre elas a radioterapia, braquiterapia ambas na área da saúde,
mas o nosso enfoque é na área da engenharia, com a radiografia industrial.
A radiografia industrial é utilizada
no controle de qualidade de textura e soldas de tubulações, chapas metálicas e
peças fundidas é realizado com frequência com o uso de radiografia obtidas com
raios X de alta energia ou radiação gama de média e alta energia.
As radiografias obtidas com raios X
são realizadas , em geral, em instalações fixas ou em locais de providos de
rêde elétrica, uma vez que, mesmo os dispositivos móveis de raios X, são muito
pesados e de difícil mobilidade. O grande fator no peso são os transformadores
de alta tensão, os sistemas de refrigeração do tubo e os cabos de alimentação.
Para a obtenção de radiografias em frentes móveis, como por exemplo, o controle
das soldas de oleodutos, gasodutos, tubulações de grande extensão, que estão em
implementação no campo, utilizam-se fontes de radiação gama, como o irídio-192,
césio-137 e cobalto-60. Estas radiografias são denominadas de gamagrafias.
De forma geral esses procedimentos
são realizados da seguinte forma: coloca-se um material sensível à radiação
utilizada, emite um feixe de radiação sobre a área desejada, de tal forma a
atravessar essa área e atingir o material sensível a radiação. Dessa forma
podemos perceber os locais por onde a radiação passou livremente ou não, e
distinguir no material sensível uma falha, fratura, trincas e outros defeitos.
Partículas
Magnéticas
O ensaio por partículas magnéticas é
usado para detectar descontinuidades superficiais e sub superficiais em
materiais ferromagnéticos. São detectados defeitos tais como: trincas, junta
fria, inclusões, gota fria, dupla laminação, falta de penetração, dobramentos,
segregações.
O método de ensaio está baseado na
geração de um campo magnético que percorre toda a superfície do material
ferromagnético. As linhas magnéticas do fluxo induzido no material desviam-se
de sua trajetória ao encontrar uma descontinuidade superficial ou sub
superficial, criando assim uma região com polaridade magnética, altamente
atrativa à partículas magnéticas. No momento em que se provoca esta
magnetização na peça, aplica-se as partículas magnéticas por sobre a peça que serão
atraídas à localidade da superfície que conter uma descontinuidade formando
assim uma clara indicação de defeito.
Alguns exemplos típicos de aplicações
são fundidos de aço ferrítico, forjados, laminados, extrudados, soldas, peças
que sofreram usinagem ou tratamento térmico (porcas e parafusos ), trincas por
retífica e muitas outras aplicações em materiais ferrosos.
Para que as descontinuidades sejam
detectadas é importante que elas estejam de tal forma que sejam
“interceptadas” ou “cruzadas” pelas linhas do fluxo
magnético induzido; conseqüentemente, a peça deverá ser magnetizada em pelo
menos duas direções defasadas de 90º. Para isto utilizamos os conhecidos yokes,
máquinas portáteis com contatos manuais ou equipamentos de magnetização
estacionários para ensaios seriados ou padronizados.
O uso de leitores óticos representa
um importante desenvolvimento na interpretação automática dos resultados.
Conforme Almeida (2008) as técnicas
específicas dependerão do tipo de equipamento, do seu impacto sobre a produção,
do desempenho de outros parâmetros chaves da operação da planta industrial e
dos objetivos que se deseja que o programa de manutenção preditiva atinja.
Conclusão
Para um melhor funcionamento da
manutenção preditiva devemos detectar os equipamentos mais criticos e
fundamentais assim como na manutenção preventiva.
A manutenção preditiva, tem sido reconhecida como uma técnica eficaz de gerenciamento de manutenção. Com ela os funcionários da área passam a conviver rotineiramente com técnicas e ferramentas, que possibilitam detectar previamente problemas que sem a mesma não seriam detectados. MATUSHESKI (1997) destaca que com a aplicação de técnicas preditivas as plantas se tornam mais confiáveis, requerendo recursos menores de manutenção no longo prazo, acrescentamos que o ciclo de vida das máquinas e equipamentos tendem a aumentar além de possibilitarem uma operação com melhoria nos níveis de rendimento e produtividade.
Vantagens Competitivas da Manutenção Preditiva
A adoção da manutenção preditiva
proporciona detalhamento de itens específicos, como o controle e manutenção da
qualidade do produto final que é gerado naquele equipamento ou instalação,
reduções significativas de insumos descartados no meio ambiente, por exemplo
quando se adota microfiltragem de óleo. Logo, a correta adoção e solidificação
de modalidades de manutenção preditiva alinha-se com as estratégias anunciadas
estudadas e implementadas em manutenção e manufatura, onde pode-se destacar o
papel da manutenção preditiva como modalidade de manutenção fundamental como
diferencial de produtividade, visto que a adoção dessa modalidade de manutenção
acrescenta:
–
Aumento de confiabilidade;
–
Melhora da qualidade;
–
Redução dos custos de manutenção;
–
Aumento da vida útil de componentes, equipamentos e instalações;
–
Melhora na segurança de processos, equipamentos, instalações e pessoas.
Nair,A. – “Acoustic emission monitoring of bridges: Review and case studies”, Engineering Structures 32 (2010) 17041714;
Velarde-Suarez , S. – “A predictive maintenance procedure using pressure and acceleration signals from a centrifugal fan”, Applied Acoustics 67 (2006) 49–61
Saravanan, A. – “Incipient gear box fault diagnosis using discrete wavelet transform (DWT) for feature extraction and classification using artificial neural network (ANN)”, Expert Systems with Applications 37 (2010) 4168–4181.
Botsaris, P.N. – “A preliminary estimation of analysis methods of vibration signals at fault diagnosis in ball bearings”; 4th International Conference on NDT – Grécia, 2007
Os jogos e as brincadeiras devem fazer parte do cotidiano das crianças. Através deles, a criança pode estimular o desenvolvimento do seu raciocínio lógico, da cooperação, criatividade, coordenação, imaginação e socialização.
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Autora: Elizabeth Neves Machado D’Ingiullo
Trabalho Final Curso “O Lúdico no Processo de
Ensino e Aprendizagem”
Os jogos e as brincadeiras devem fazer parte do cotidiano das crianças. Através deles, a criança pode estimular o desenvolvimento do seu raciocínio lógico, da cooperação, criatividade, coordenação, imaginação e socialização. Através do jogo, as crianças aprendem a respeitar regras, discutir, inventar, criar e transformar o mundo onde estão inseridos.
Ao
brincar a criança amplia seus conhecimentos por meio das conversas e discussões
que venham a acontecer durante a interação com as demais, ou ainda, quando está
sozinha, através de sua própria imaginação que transforma seus brinquedos em
seres animados capazes de dialogar com ela, estabelecendo também uma interação
produtiva em termos de aprendizagens.
O trabalho com o lúdico é uma prática fundamental para ser
utilizada em sala de aula em todas as fases de aprendizagem. É através dos
jogos e brincadeiras que os alunos desenvolvem suas habilidades cognitivas e
motoras, proporcionando ao professor a observação do desenvolvimento da criança
por meio da sua liberdade para criar e imaginar diversas situações.
Jogos e brincadeiras são ferramentas
importantíssima no processo de desenvolvimento da criança, por esse motivo,
muito pode ser trabalhado nesse sentido. Contar histórias, ouvir histórias,
dramatizar, jogar com regras, desenhar, entre outras atividades, constituem
meios prazerosos de aprendizagem. À medida que a criança interage com os
objetos e com outras pessoas, construí relações e conhecimentos a respeito do
mundo em que vive.
Além de jogos e brincadeiras, acho importante
ensinar também as crianças a produzir brinquedos com sucatas. É muito
interessante ver uma criança transformar um simples copo ou uma garrafa de
plástico, por exemplo, em uma fantástica nave espacial com tripulantes e tudo.
A brincadeira que planejei para atender essa atividade foi a de ler uma história e depois trabalhar na confecção de um brinquedo (com sucata) no formato do personagem principal da história lida.
Desenvolvimento do Projeto “A Prática de Brincar”
Nome completo: Elizabeth Neves Machado D’Ingiullo
Curso: O Lúdico no
Processo de Ensino e Aprendizagem
Condições físicas e emocionais da criança no início da atividade: Boas condições físicas e emocionais, sem sinais de ansiedade, depressão ou problema de comportamento.
Descrição e reflexão sobre a atividade brincar
vivenciada
A atividade planejada foi a de contar uma história.
A história que escolhi foi “A Princesa e o Sapo”. Escolhi essa história porque
fala sobre cooperação, honestidade, bondade e diálogo.
Através da história, a criança pode desenvolver a imaginação, a
criatividade, as emoções, o gosto pela leitura e pela linguagem, criando
empatia com os personagens.
As histórias despertam na criança o lado lúdico, sabemos que é no lúdico que a
criança desenvolve criatividade e senso crítico.
As histórias são excelentes ferramentas para ajudar a criança na observação,
reflexão e memória.
Após a narrativa, a criança será convidada a
participar da produção de um porta-objeto com material reciclado no formato de
um sapo. Será um momento especial, de muita diversão e conscientização
ambiental.
O brinquedo confeccionado com recicláveis, além de ajudar a preservar o
meio ambiente, contribui para o desenvolvimento da criatividade da criança, do
seu pensamento crítico e do aprendizado em relação ao desperdício. É uma
maneira simples, barata e divertida de educar e contribuir para a formação de
cidadãos críticos, facilitando a internalização das regras e valores.
Objetivo pretendido com a brincadeira Jogos e
brinquedos disponibilizados.
Os objetivos
pretendidos com essa atividade:
– Incentivar o prazer pela leitura e por ouvir
histórias.
– Conhecer-se e reconhecer no outro diferenças em
relação a si próprio, respeitando-as.
– Perceber que suas atitudes geram consequências nas
relações sociais e naturais.
– Usar diferentes linguagens para expressar motivos,
razões e as próprias vivências.
– Envolver a criança na produção de objetos que
utilizam materiais recicláveis.
– Incentivar a criança a valorizar os recursos
naturais, evitar o desperdício, reaproveitando tudo que pode ser reaproveitado.
Como você se apresentou e explicou sua atividade à
criança?
Apresentei-me como alguém que
adora contar histórias. Contei-lhe que conhecia muitas histórias bonitas e
divertidas. Com jeitinho fui introduzindo pequenas conversas para quebrar o
silêncio dela naquele momento, elogiando seu vestido, seu cabelo, e
introduzindo informações sobre a atividade, despertando-lhe a curiosidade sobre
a história que eu iria lhe contar.
Continuei aguçando seu interesse, contando-lhe que dentro da minha sacola tinha muitas coisas divertidas para brincarmos. Ela foi ficando cada vez mais animada e interessada na atividade.
Qual foi a estratégia de abordagem à criança
utilizada por você?
Depois de ter me apresentado e despertado a
curiosidade da criança, desenrolei um tapete que eu havia levado para
desenvolver a atividade. Penso que criar um ambiente aconchegante influencia
muito na hora dela soltar a imaginação e acaba deixando a experiência ainda
mais emocionante.
Sentei-me e a convidei a sentar-se também. Depois
tirei dois fantoches (sapo e princesa) um de cada vez da minha sacola. Ao ver
os fantoches, ela se sentou mais perto de mim e seus olhinhos curiosos
brilharam. Ele estava visivelmente motiva a ouvir a história.
Como a criança reagiu a sua aproximação?
Inicialmente tímida, mas conforme fui conversando e
lhe mostrando o que eu havia trazido, rapidamente ficou receptiva e muito
interessada em ouvir a história.
Qual foi o comportamento da criança durante a
atividade: forma de interação da criança com você e com os jogos e brinquedos
propostos?
A criança se manteve atenta, interessada e concentrada. De acordo com o desenvolvimento da história, ela
ora vibrava ora demonstrava desapontamento ou ansiedade.
Enquanto esperávamos a cola do porta-objetos secar,
motivei-a a expressar suas ideias e impressões a respeito da história que eu
lhe contara. Depois, ela me pediu para segurar os fantoches. Então pedi-lhe
para que contasse a história usando os fantoches. Ela imediatamente aceitou e
recontou a história. Foi um momento ótimo, de muita descontração.
Quanto à confecção do porta-objeto personalizado,
ela amou a ideia e foi muito receptiva. Produziu cada parte do objeto com muita
atenção e cuidado. Quando viu o porta-objeto pronto, com a aparência do sapinho
da história, ficou ainda mais feliz. Depois que o pegou, não parou de abrir e
fechar o zíper da boca do sapinho, dizendo: – Fui eu que fiz. Um momento
encantador!
Fatores que facilitaram e dificultaram o
desenvolvimento da atividade lúdica.
Os fatores que facilitaram o desenvolvimento dessa
atividade foram: Eu ter me preparado bem antes de aplicar a atividade. Li e
reli a história. Pratiquei contar a história várias vezes. Ensaiei a voz de
cada personagem, as entonações das falas dos personagens para cada momento da
história, a fim de que a criança pudesse reconhecer facialmente os sentimentos
de alegria, medo, dúvida, etc. Todos os
gestos e os movimentos do meu corpo foram estudados e elaborados para melhor
poder contar a história.
Durante toda a narrativa procurei
manter o olhar nos olhos da criança. Tive também a preocupação de explicar o significado
das palavras que considerei mais difíceis, mas sem perder a atenção da criança.
Para a atividade com o material reciclado, levei as
duas garrafas já cortadas. Todos os demais materiais foram levados limpos,
organizados, e sem oferecer perigo quando fossem manipulados. Esses foram
apresentados para a criança individualmente para que ela pudesse identificar
cada um e entendesse como eles seriam usados para a confecção do porta-objetos.
Qual é sua avaliação sobre a atividade vivenciada?
A minha
avaliação dessa atividade foi muita boa, por ter sido bem significativa e
prazerosa para a criança e gratificante para mim.
Refletindo
sobre toda atividade, foi possível compreender como é importante planejar e
compreender os caminhos que serão trilhados durante a aplicação da atividade.
E, no final, fazer uma avaliação, com a finalidade de verificar se os objetivos
planejados foram alcançados e/ou se precisam ser revistos e melhorados.
Através
dessa atividade, embora tenha sido curta e isolada, ficou claro que quando se
conta uma história, é possível despertar a imaginação, a criatividade e até o
gosto pela leitura na criança.
Quando
apresentamos a leitura de forma lúdica, mágica, prazerosa, proporcionando
conhecimento e despertando a imaginação, sonhos, sentimentos, entre outros. Aí,
o encantamento pela leitura é inevitável.
Quanto à
confecção do porta-objetivo, foi outra grata surpresa. A criança ficou motivada
e empenhada em produzir o objeto, principalmente depois que lhe contei que o
porta-objeto seria no formato do personagem principal da história, o sapo. Enquanto
confeccionávamos o porta-objeto com materiais recicláveis, fiquei lhe
explicando a importância de se reciclar para a vida das pessoas e do nosso
planeta.
O que você manteria em relação ao seu planejamento
da atividade e por quê?
Na verdade, manteria esse planejamento, porque com ele conseguiu atingir todos os objetivos propostos. As atividades foram executadas com pleno êxito e com excelentes resultados.
O que eu acrescentaria para aprimorar essa atividade: Colocaria mais objetos na minha sacola para representar cenários, outros personagens e para efeitos sonoros. Uma tigela com água, por exemplo, poderia ser o lago na história. Criativos recursos visuais e sonoros enriquecem ainda mais o momento da narrativa.
O que eu acrescentaria para aprimorar essa
atividade: Colocaria mais objetos na minha sacola para representar cenários,
outros personagens e para efeitos sonoros. Uma tigela com água, por exemplo,
poderia ser o lago na história. Criativos recursos visuais e sonoros enriquecem
ainda mais o momento da narrativa.
Porta-objetos em formato de sapo.
Materiais necessários:
– Duas
garrafas pet verdes
– Tesoura
– Zíper
vermelho
– Cola
super bonder (ou similar)
– Pedaço de
papel branco
– Caneta
preta
passo 1
Passo a passo
1º passo: Duas garrafas
verdes pet (já que essa é a cor dos sapos) da mesma cor e do mesmo tamanho.
2º passo: Cortar as duas
garrafas pet da mesma maneira, ficando apenas com a parte inferior de ambas.
Passo 2
3º passo: Pegar um zíper
vermelho para fazer referência à boca do sapo. Passar cola em suas duas
extremidades. Colar cada uma das partes de garrafa pet em uma extremidade.
Esperar secar para continuar.
Passo 3
4º passo: No pedaço de papel
branco, desenhar e recortar dois círculos, que serão o contorno dos olhos do
sapo. No centro de cada um deles, com a caneta preta, desenhar duas bolinhas.
Colar os olhos em uma das garrafas pet. Pronto! Um porta-objetivos no formato
de um sapinho.
“As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança, já que através destas atividades a criança se desenvolve afetivamente, convive fisicamente e opera mentalmente.” Airton Negrine
A arqueação é a medida do volume interno de uma embarcação. A arqueação de cada navio compreende a arqueação bruta e a arqueação líquida. Atualmente, as medidas de arqueação internacionalmente em vigor consistem em valores adimensionais obtidos por fórmulas de cálculo onde entram os volumes expressos em metros cúbicos, o número de passageiros, o pontal e a imersão de cada navio.
Arqueação Bruta
A arqueação bruta (AB ou GT, em inglês: gross tonnage) é a função do volume de todos os espaços interiores de um navio, medidos desde a quilha até à chaminé pelo exterior do cavername.
A Arqueação Bruta consiste portanto numa espécie de índice de capacidade, usado para classificar um navio com os objetivos de determinar as suas regras de governo, de segurança e outras obrigações legais, sendo um valor adimensional, apesar da sua derivação estar ligada à capacidade volumétrica expressa em metros cúbicos.
As medida da Arqueação Bruta está regulada da ICTM 1969, que a define como “a função do volume moldado de todos os espaços fechados do navio”.
Arqueação Líquida
A arqueação líquida (Net Tonnage) é uma medida dos espaços úteis para transporte de carga ou de passageiros.
Tonelada de Arqueação (Tonne)
É a unidade de volume em que era expressa a arqueação antes da entrada em vigor da Convenção de 1969. Também designada por tonelada Moorson , representa o volume equivalente a 100 ft3 (2.832 m3).
Resumindo a Arqueação Bruta reflete a dimensão do navio e a Arqueação Líquida reflete a capacidade do navio gerar receita.
Os volumes considerados são medidos sobre as linhas de traçado, podendo portanto ser calculados com base em desenhos. A arqueação líquida é função do número de passageiros, o número de tripulantes não é tido em conta.