Autora: Camille Albuquerque Lessa
Ceará – Mucuripe
Essa técnica consiste em uma forma avançada de preservação do corpo post mortem para que ele tenha uma maior durabilidade durante as cerimonias de despedida, , e quando falamos em durabilidade também incluímos a parte estética do cadáver, que exerce uma função psicológica e de conscientização do processo de luto que é muito importante para os parentes e pessoas próximas daquele indivíduo.
Antes da tanatopraxia uma modalidade muito utilizada era o embalsamento, que é um método muito antigo e comumente usado em festejos religiosos, e apenas após as celebrações o corpo passava por um processo de mumificação. Entretanto, essa técnica tinha alguns percalços pois, além de não promover uma adequada preservação do cadáver, também era bastante onerosa, sendo acessível apenas para os nobres daquela época.
Assim, o tema chama bastante atenção não só pelo conjunto de métodos utilizados para o embalsamento, higienização do(a) falecido(a) e por questões de saúde pública levando em consideração que um corpo em decomposição pode acarretar doenças infecciosas aos que se aproximam, principalmente nos momentos de velórios e outras formas de despedidas religiosas. Assim preceitua a ANANEC (Associação Nacional de Necropsia e Auxilio a Pessoa):
“A fim de evitar a decomposição do corpo, é utilizada uma técnica que consiste na aplicação de injeções, por via do sistema arterial, de produtos bactericidas, com o objetivo de destruir as bactérias existentes, bem como de estabelecer de um ambiente assético capaz de resistir a uma invasão microbiana.”
Porém, se engana quem pensa que esse conjunto de técnicas possui apenas objetivos sanitários, pelo contrário, um de seus principais objetivos é promover aos familiares e conhecidos do falecido uma despedida menos dolorosa e impactante. A perda de alguém é um acontecimento verdadeiramente doloroso na vida dos indivíduos, ter um método que exista para além de questões de saúde pública, onde a preocupação também é a preservação estética do corpo e que o momento
religioso do velório seja menos sofrido é realmente muito importante e apto a reduzir os impactos psicológicos daquela morte.
Quando buscamos memórias daquele ente que se foi, com certeza não esperamos lembrar de um corpo mal preservado no post mortem, ou de aparências e odores característicos, isso além de causar uma imensurável dor, pode agravar ou até mesmo gerar traumas irreversíveis. Além disso, ao contrário do embalsamento, a tanatopraxia é mais comum e acessível, não sendo na prática uma opção disponível apenas para as classes sociais mais altas, demonstrando assim não só um grande avanço em termos de medicina, técnicas e saúde, mas também um avanço social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: (links)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tanatopraxia).
https://distanciacursos.com.br/mod/page/view.php?id=1339
https://planofunerariofamiliar.com.br/artigos/o-que-e-tanatopraxia-veja-como-funciona